quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lembranças de vidas passadas - Parte I

Enquanto eu ouvia uma bela canção celta fui levada a um outro tempo, não sei bem o por que isso aconteceu, mas eu não pude ter controle. Quando me dei conta lá estava eu, dançando e sorrindo no meio de um bosque, eu me sentia tão bem, me sentia em completude com a natureza, com o universo. O vento dançava comigo, o cheiro que era liberado pelas flores e pelas árvores me deixavam em um estado de paz profunda. E eu estava lá, dançando, sorrindo - eu estava tão diferente de como eu sou, mas eu sentia que era eu mesma naquele corpo, eu usava um vestido que leve e alegre, tinha cabelos compridos, castanhos e ondeados... e eu não estava sozinha, eu dançava e sorria com mais alguém, era alguém que eu amava muito, nós dançávamos em círculos segurando as mãos um do outro, e nós sorríamos um para o outro, e quando rodávamos fechávamos os olhos e sentíamos o vento acariciando nossa pele. E nós corríamos um atrás do outro, estávamos brincando e emanando alegria. Eu estava bem, estava feliz, sentia paz, sentia-me em totalidade com tudo. Quando já estava completamente envolvida pela situação... eu voltei para cá, voltei ao meu quarto, ao meu corpo, ao meu mundo. Não entendi o que aconteceu comigo, aquilo parecia ser uma lembrança... lembrança de algo que vivi... mal eu sabia que essa lembrança teria uma continuação...

Reflexo


Eu olhei pra ela e vi o que eu sou... 
Eu olhei pra ela e vi o que eu não queria ver... 
Eu olhei pra ela e senti o que eu não queria sentir...
Só não sei o por que...
Só não sei quem é você...

A espera


‎         O tempo parecia nunca mais responder, parecia inerte e vingativo. Olhei para o relógio que escorria como água pela parede, eu não conseguia enxergar há quanto tempo eu estava presa ali. Olhei-me no espelho, meu rosto parecia derreter - O tempo era a resposta e era a cura, mas parecia que a cura nunca ia chegar.
         Parecia que a única solução era esperar, mas como posso esperar se o tempo parece não mais querer caminhar? ou será que fui eu que cansei do mesmo caminho? será que o medo corrompeu o tempo?
      Eu estou de novo aguardando o tempo que muito parece demorar, embora possa ser esclarecedor lá na frente, em alguns momentos soa apenas como uma canção repetitiva, angustiante... o tempo inerte e vingativo será quem sabe o impulso que me deixará mais forte, mas por enquanto é apenas angustiante.

Era uma vez você


Saudades de olhar em seus olhos, me encantar com seu sorriso,
e de viajar em nosso mundo.
Saudade de ficar na varanda abraçada com você, 
acender um cigarro e ver a fumaça se eternizando pelo ar.
Saudade de olhar as estrelas com você ao meu lado
e ficarmos discutindo sobre as mais variadas coisas.
Saudades de simplesmente te abraçar, te olhar, te sentir...
saudades de você minha pequena.