quinta-feira, 9 de julho de 2015

Dia de finados... Dia de culto aos antepassados... R.I.P Querida Psiqué

3 anos sem postar nada nesse blog... hoje não sei porque resolvi postar um pouco de carinho ao falecido blog que um dia foi meu refugio... que divulguei apenas para quem confiava... muita coisa que tem aqui já não é mais como antes, inclusive as ideias e reflexões sobre o mundo. Que bacana ver um pedaço meu mantido eterno num cemitério virtual que se tornou isso aqui. Haha... desde 2012, o ano da minha ultima postagem, muita coisa mudou. Vida! Isso é vida! Crescer dói e faz feliz ao mesmo tempo. Obrigada, Querida Psiqué!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Lembranças de vidas passadas - Parte I

Enquanto eu ouvia uma bela canção celta fui levada a um outro tempo, não sei bem o por que isso aconteceu, mas eu não pude ter controle. Quando me dei conta lá estava eu, dançando e sorrindo no meio de um bosque, eu me sentia tão bem, me sentia em completude com a natureza, com o universo. O vento dançava comigo, o cheiro que era liberado pelas flores e pelas árvores me deixavam em um estado de paz profunda. E eu estava lá, dançando, sorrindo - eu estava tão diferente de como eu sou, mas eu sentia que era eu mesma naquele corpo, eu usava um vestido que leve e alegre, tinha cabelos compridos, castanhos e ondeados... e eu não estava sozinha, eu dançava e sorria com mais alguém, era alguém que eu amava muito, nós dançávamos em círculos segurando as mãos um do outro, e nós sorríamos um para o outro, e quando rodávamos fechávamos os olhos e sentíamos o vento acariciando nossa pele. E nós corríamos um atrás do outro, estávamos brincando e emanando alegria. Eu estava bem, estava feliz, sentia paz, sentia-me em totalidade com tudo. Quando já estava completamente envolvida pela situação... eu voltei para cá, voltei ao meu quarto, ao meu corpo, ao meu mundo. Não entendi o que aconteceu comigo, aquilo parecia ser uma lembrança... lembrança de algo que vivi... mal eu sabia que essa lembrança teria uma continuação...

Reflexo


Eu olhei pra ela e vi o que eu sou... 
Eu olhei pra ela e vi o que eu não queria ver... 
Eu olhei pra ela e senti o que eu não queria sentir...
Só não sei o por que...
Só não sei quem é você...

A espera


‎         O tempo parecia nunca mais responder, parecia inerte e vingativo. Olhei para o relógio que escorria como água pela parede, eu não conseguia enxergar há quanto tempo eu estava presa ali. Olhei-me no espelho, meu rosto parecia derreter - O tempo era a resposta e era a cura, mas parecia que a cura nunca ia chegar.
         Parecia que a única solução era esperar, mas como posso esperar se o tempo parece não mais querer caminhar? ou será que fui eu que cansei do mesmo caminho? será que o medo corrompeu o tempo?
      Eu estou de novo aguardando o tempo que muito parece demorar, embora possa ser esclarecedor lá na frente, em alguns momentos soa apenas como uma canção repetitiva, angustiante... o tempo inerte e vingativo será quem sabe o impulso que me deixará mais forte, mas por enquanto é apenas angustiante.

Era uma vez você


Saudades de olhar em seus olhos, me encantar com seu sorriso,
e de viajar em nosso mundo.
Saudade de ficar na varanda abraçada com você, 
acender um cigarro e ver a fumaça se eternizando pelo ar.
Saudade de olhar as estrelas com você ao meu lado
e ficarmos discutindo sobre as mais variadas coisas.
Saudades de simplesmente te abraçar, te olhar, te sentir...
saudades de você minha pequena.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Olhos Secos

Olhos secos, cheios de lagrimas negras...
Um coração enegrecido e embebido em suco gástrico,
Uma alma dilatada pelos aparelhos trituradores, as vertigens já confrontaram a temperatura do seu corpo.
Eu ainda cavei mais um pouco...
O cálice de sangue que transborda pela boca matava sua sede
e os olhos secos de espanto quando olharam o profano poder do seu beijo
Maldita sobriedade sua, harmoniosa insanidade que me conserta.
E eu ainda cavei mais um pouco
Joguei fora a cavalaria de ouro, corri para perto do abismo de ar fresco no alto da estátua de pano.
Afoguei meus olhos no chão de areia, senti vontade de mata-los asfixiados.
Pulei na areia movediça só porque queria me afundar, parecia ser agoniante, mas acabou rápido demais.
A mesa partida em pedaços apoiava minha cabeça com estacas de madeira.
E minhas mãos continuavam cavando...
Alguém apoiava um vaso sobre os ombros e aos poucos de forma delicada e envolvente jogava ácido em meu rosto – caíram alguns pedaços.
As gotas sapateavam em minhas mãos e os ossos continuavam cavando
Minhas pernas já tinham ficado no lixo, o tronco andava com tanta sutileza que desconhecia aquele modo sofisticado de mim.
As brasas dançavam alegremente em minhas costas... e os braços cavando
Os roedores devoravam minhas pernas, e aquilo até fazia cócegas, era um bom motivo pra rir.
Meu corpo se dilacerava e sumia de forma tão bela que eu não liguei e continuei cavando.