O tempo parecia nunca mais responder, parecia inerte e
vingativo. Olhei para o relógio que escorria como água pela parede, eu não
conseguia enxergar há quanto tempo eu estava presa ali. Olhei-me no espelho,
meu rosto parecia derreter - O tempo era a resposta e era a cura, mas parecia
que a cura nunca ia chegar.
Parecia que a única solução era esperar, mas como
posso esperar se o tempo parece não mais querer
caminhar? ou será que fui eu que cansei do mesmo caminho? será que o medo
corrompeu o tempo?
Eu estou de novo aguardando o tempo que muito parece
demorar, embora possa ser esclarecedor lá na frente, em alguns momentos soa
apenas como uma canção repetitiva, angustiante... o tempo inerte e vingativo
será quem sabe o impulso que me deixará mais forte, mas por enquanto é apenas
angustiante.
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